quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Violência urbana no Rio X Educação Física: Qual a relação?

Bom, a partir do momento em que a disciplina encontra-se dentro de uma instituição escolar, a relação já enorme. Se tá dentro da escola, qualquer disciplina deve ser condutora de transformações sociais. Mas como?


Primeiramente, acredito que o professor deve ser um agente social, neste momento, crítico e politizado, possuidor de um discurso que leve seus alunos à reflexão. O discurso deve ter dois eixos:

1) EIXO GERAL - Norteador de um discurso que abranja a situação como um todo e mostre as idiossincrasias e mazelas atuais.

2) EIXO ESPECÍFICO - Focado na disciplina - no caso Educação Física - que faça um relação com os problemas enfrentados e os conteúdos em sala.

Deixo aqui minhas contribuições:

- Analisar as opções de lazer e esporte para a população, assim como incentivos de projetos nesse setor.
- Valorizar gestos de solidariedade, cooperação e respeito ao próximo.
- Saúde coletiva: além da ausência de doenças, perceber que para uma saúde global ser alcançada, deve-se passar por questões de transporte público, urbanização, saneamento básico etc.
- Repudiar a qualquer tipo de preconceito, violência ou ato de exclusão. 
- Analisar os problemas do uso de qualquer droga ilícita e seu prejuízo à paz social, combatendo, assim, o financiamento, de qualquer ordem, do tráfico de drogas.

O mais importante ao abordar este tema é explicitar ao aluno que ele é também responsável pelo seu entorno.

O entendimento sobre os problemas sociais da cidade (violência urbana, favelização, marginalização, informalidade) são, de uma forma geral, de conhecimento dos alunos, assim como suas causas (desemprego, impunidade, desigualdade social, nível de escolaridade, omissão governamental, etc).

No entanto, é fácil perceber uma complacência dos alunos no que dizem respeito às mazelas da cidade. Verifica-se uma passividade por parte dos alunos em atuar como agentes sociais que promovam uma mudança ao seu redor. Não quero generalizar, logicamente, mas, de uma forma geral, isso ocorre...

Eles não se reconhecem enquanto responsáveis/produtores/protagonistas/modificadores da sua comunidade. Assim, o discurso teórico dentro da escola fica vazio se não houver uma prática efetiva nas devidas proporções para cada faixa etária.

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