Uma modalidade nova que tem conquistando cada vez mais praticantes no Rio de Janeiro é o Slackline ou Corda Bamba.
Pela cidade, é possível ver esta atividade pelas praias pendurandas em seus coqueiros, em áreas como parques e áreas de lazer. Basta haver uma área livre com duas hastes fixas e firmes próximas.
O Slackline consiste em uma corda de 25mm de largura presa em duas hastes firmes e rígidas. O praticante busca subir e se equilibrar na corda, se movimentando e fazendo manobras que priorizam a concentração, equilíbrio e resistência.
Por ser uma atividade corporal nova e contemporânea, é possível trazê-la para dentro das aulas de Educação Física. Os alunos se motivam em praticar algo novo e inesperado dentro dos muros de uma escola, ainda enraigado por um conteúdo conservador e tradicional.
E foi isso que aconteceu quando levei a corda para a minha escola. Apresentei a modalidade para o 4o e 5o ano do Ensino Fundamental. De uma forma geral, a aula foi um sucesso, porém vale a pena dar dicas e levantar algumas questões e impecilhos. Até porque, não se encontra artigos, estudos, monografias, crônicas etc que abordam a Educação Física e o Slackline. Vale, portanto, deixar minhas contribuições.
Passo a passo:
1) Primeiramente, expliquei do que se tratava o material e contextualizei com eles, fazendo menção às praias cariocas e perguntando se já haviam visto ou praticado tal modalidade.
2) Abordei a importância da normas de segurança. Lembrei que toda atividade física existe riscos de quedas, lesões etc. E cabe ao praticante, tomar as devidas precauções.
3) Expliquei como deveria ser a posição dos pés, joelhos, troncos e olhos:
3.1 - Pés: Ao longo da corda, dando passos um após o outro. Nunca colocando os pés perpendiculares à corda, pois teria menos superfície de contato.
3.2 - Joelhos: Retos ou semi-flexionados.
3.3 - Tronco: Ereto, não permitindo que o centro da gravidade abaixasse.
3.4 - Olhos: Fixar sua visão num ponto fixo a sua frente.
3) Formei duplas, sendo um para subir na corda e outro faria a segurança. Pedi para que todos tirassem os tênis e as meias.
4) Formei uma coluna de um lado da corda com quem iria subir e outra coluna com quem iria fazer a segurança do outro lado da corda.
5) A segurança era feita da seguinte maneira:
5.1 - O praticante seguraria no ombro do "segurança". Este, por sua vez, não seguraria o praticante. Apenas acompanharia-o pela corda ao seu lado.
5.2 - Eu sempre iria do outro lado. Apenas olhando a execução do movimento e ajudaria quando preciso.
6) Após percorrer a corda, a dupla voltaria para o final da fila. Só que trocariam as posições, o "segurança" subirá na corda e o praticante virará o "segurança".
Problemas a serem enfrentados e debatidos:
Algumas turmas minhas possuem mais de 30 alunos. Assim, formei em torno de 15 duplas. Sabendo que é uma atividade lenta e o andar pela corda requer atenção, concentração e paciência, o que fazer com as outras 14 duplas que aguardam na fila???
Essa é a grande dificuldade de uma aula como esta. Todo o professor sabe a dificuldade que é deixar os alunos atentos e quietos por muito tempo. Além disso, após uma aula de 50 minutos, por exemplo, pode ser que cada aluno tenha andando na corda apenas 1 ou 2 vezes apenas! Não parece tão proveitoso assim, né?
Soluções (?)
Coloco a palavra "solução" acompanhada de uma interrogação, pois obviamente não pretendo dar respostas prontas e fechadas. Cada professor sabe das suas necessidades e peculiaridades. Eu busquei minhas soluções. Então, cada um que busque a sua, correto?
1) Usei a corda para outros fins: trabalhei saltos e rastejos com os alunos. Ora afrouxava a corda, ora tensionava e subia a sua altura. Variava colocando colchões para os alunos caírem e etc.
2) Usei a corda para fazer jogo de arremessos, fixando alvos (garrafas pet, bolas etc) em cima da corda tencionada ou arremessando bolas por debaixo da corda e buscando acertar alvos do outro lado da quadra. Depois, pedi que arremessassem por cima da corda também.
3) Criei circuito com vários obstáculos (plintos, colchões, cones, bambolês, trave de equilíbiro e, por último, a corda bamba.
Enfim, espero ter colaborado com outros professores de educação física. Pontuei problemas que envolvem a temática e apresentei soluções.
Acredito na Educação Física atenta às novas tendências e modalidades contemporâneas e urbanas. Vale a pena tentar! Os alunos no final sempre aprovam pedindo "Quero Mais!".
sou profº de educação fisica e achei interessante a iniciativa.
ResponderExcluirblog
www.marcosfique-emforma.blogspot.com
Eu vou praticar pela primeira vez o SlackLine hoje, um amigo vai me ensinar. Li aqui e agora sei mais ou menos como, pelo menos, ficar em pé naquele treco. hehe
ResponderExcluirObrigada! =)
olá muito boa a sua iniciativa!!1
ResponderExcluirPois sou praticante do esporte em Ipanema e recomendo a todos a pratica do mesmo!!!
Ola Marcelo, sou graduando em educação física aqui em minas, fui convidado por uma professora amiga minha e vou tentar dar uma aula amanha de slack pratico a pouco tempo, gostei de suas dicas, amanha te conto como foi! muito obrigado.
ResponderExcluirBom eu sou novo , queria aprender li a respeito seus agora , moro no RJ , gostaria muito de ter aulas tenho 16 anos , se alguem poder entra em contato , meu email Douglas11cordeiro@hotmail.com
ResponderExcluirParabéns ! Também sou professor e também estou dando aula com o slackline, a meninada esta adorando ! E apoio novidades nas aulas de E.F.
ResponderExcluirNas minhas aulas utilizei exercícios de equilíbrio no solo (fora da fita) para que as crianças pudessem sentir como o corpo se comportaria, realmente o numero de alunos pode ser um problema no meu caso jeito foi trabalhar em dupla e trios , aproveitei para trabalhar conceitos como confiança, respeito e equipe . Enquanto uma turma praticava no slack a outra realizava os exercícios de forma lúdica. Circuitos também são uma ótima para as aulas.
Uma dica se é que me permite é baratear o custo do equipamento utilizando kits de carga de caminhão, uma corda estática de alta resistência /corda de bombeiro ou anel de fita para ancoragem(utilizados em escalada) das catracas e da fita. Neste caso cada kit sai em torno de R$50,00 e serve muito bem para a utilização escolar, logo o kit tendo um custo baixo é possível que a escola obtenha um numero maior de kits facilitando as aulas.
Vale lembrar que a catraca deve ter certificação do inmeto IN, e deve-se sempre fazer o backup nas duas pontas devido o sistema de ancoragem para esse kit.
qualquer coisa entra em ctt : abraço
https://www.facebook.com/slacklinebarueri?ref=hl