quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Educação Física no Ensino Médio

 

Demorei mas cumpri o que tinha planejado. Já postei uma ideia, mesmo que embrionária, de um planejamento para a educação infantil, ensino fundamental I e II e agora postarei sobre o Ensino Médio.
Nesta faixa etária, logicamente, devemos sempre encará-los como alunos que possuem uma certa cognição que sejam capazes de diferenciar já o ”certo” do “errado”. É lógico que há exceções, entretanto, por mais que eles ainda façam coisas erradas, eles já têm em mente que isto é errado.
Todo o professor de educação física que leciona para este segmento com certeza deve ouvir dos alunos que querem jogar futebol e/ou voleibol. Enfim, eles estão certos. O que eu quero dizer com isso? Bem, eles estão num momento de auto-afirmação e através de jogos competitivos eles se mostram mais à turma, à escola e, assim, se ”afirmam”. Já quem não gosta e/ou não consegue um “Lugar ao sol”, não se afirma e pode ser marginalizado neste contexto.
Mas que tal estimularmos com esses assuntos de outras formas? Eles certamente sabem COMO se joga o esporte, mas será que eles sabem O QUE É o esporte e, melhor, será que eles sabem SER o jogador?
Essas questões devem ser debatidas em aula, isto é, qual a força deste esporte na sociedade, quais as mazelas encontradas nele, as atitudes positivas e negativas encontradas em quem o pratica etc.
Ex:
- Racismo no futebol
- Violência nos estádios
- Anabolizantes em prol da perfomance
- Torcidas organizadas
- Mídia e esporte
Alguém sugere outras coisas?
Além do esporte, podemos destacar questões sobre:
- Alimentação e atividade física
- Lutas
- Olimpismo
- Sistemas energéticos (anaeróbio, aeróbio…)
- Consumo e mídia
- Espaços públicos para o lazer
É válido que linguagem corporal agora cai no ENEM (vide meu post sobre isso). Neste último cairam 3 questões. Veja a prova em http://public.inep.gov.br/enem/2009/dia1_caderno1.pdf
Agora cabe a cada professor organizar seu planejamento de acordo com sua realidade, contexto e relevância social de conteúdos. Isto acima são só sugestões.
Muitos podem ler este comentário achando que teria um planejamento com um cronograma já formado e formatado. Essa não é a minha intenção. Por dois motivos: primeiro que cada professor tem sua realidade e deverá projetar da forma que achar conveniente. E segundo, não acho correto dar algo pronto. Isso seria fácil e nada educativo digamos. Temos que parar para refletir, estudar e raciocinar.

Abraços a todos.

sábado, 25 de julho de 2009

Educação Física do 6o ao 9o ano do Ensino Fundamental

Chegamos num nível em que é legitimado a prática docente de um professor especialista em qualquer disciplina. Diferente das séries anteriores, aqui é necessário um professor de matemática, de geografia, de educação física, etc.

Quem leu meus comentários sobre a EF até o 5o ano deve pensar: “Então neste segmento talvez a educação física será mais valorizada, pois tem uma pessoa designada para isso.” De fato, há melhoras, porém segue ainda na marginalidade em muitos casos pelo Brasil afora.

O grande problema de qualquer marginalização é que o marginalizado não impõe sua voz, não demonstra posicionamento, mesmo este estado errado, não importa! Quando você se posiciona, você tem respeito e notabilidade. Como diz meu chará Marcelo D2, “abaixou a cabeça, já era…”. Sendo assim, o currículo de Educação Física neste segmento é pouco vasto e pouco explorado. Resume-se muitas das vezes em pratica esportiva, tecnicista, repetitiva e, o pior, sem mudar nos quatro anos, do 6o ao 9o ano… Que loucura, não?
SE um ET chegasse ao Brasil e visse isso, ele fatalmente perguntaria: “Mas como pode alguém “aprender” a mesma coisa quatro anos seguidos? E ninguém fala nada? A diretora desta escola não se posiciona sobre isso?” E isso é que é o pior. A diretora, ou porque não tem conhecimentos consistentes pra se posicionar ou porque não tem interesse ou porque já desistiu, não se posiciona mesmo e se torna uma negligente, contribuinte deste cenário.

Pois bem, deixemos as lamúrias de lado. E vamos à prática? Tenho sugestões. Que tal repartí-las? Aceito sugestões.

Partindo do princípio de que aos 11 anos (idade em que geralmente os alunos chegam neste segmento) e que por conta disso já tenham uma vivência e uma amplitude do repertório motor, assim como conhecimento sobre seus limites, partiremos para outros conhecimentos.

- Ampliação dos movimentos motores através de grande jogos;
- Implementação de regras mais complexas e uso de materiais variados;
- Criação de jogos e regras pelos alunos;
- Capacidade de organização em grupo e individual;
- Resgate de jogos e brincadeiras populares;
- Gênero no esporte e nas demais atividades corporais;
- Jogos pré-desportivos e inciação a esportes;
- Criticidade em questões corporais como hábitos e transtornos corporais, violência, sexualidade etc.
- Folclore;
- Atividade física e saúde.

Alguém sugere outras coisas?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Educação Física na Educação Infantil ao 5° ano do do Ensino Fundamental

De acordo com a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira (LDB 9394/96), a Educação Física deve estar presente em todo o Ensino Básico, sendo componente curricular obrigatório da Educação Infantil ao Ensino Médio (LDB, art. 26, § 3º).
A respeito da formação profissional exigida para lecionar na educação básica, a referida lei admite nível superior, admitida como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental a modalidade Normal, oferecida em nível médio (Art. 62).
A partir disso, gera-se uma brecha na lei, possibilitando a atuação de dois profissionais nesta função. Temos a presença do professor generalista, com formação em curso Normal e/ou com nível superior em Pedagogia, ou o professor especialista, graduado em licenciatura plena em educação física, também em nível superior.
Sendo assim, torna-se necessário, portanto, uma discussão em âmbito acadêmico sobre quem deve ministrar as aulas de educação física nessas séries supracitadas. Torna-se relevante analisarmos a participação destes profissionais no que tange ao ensino da educação física. Afinal, existe um professor com maior capacidade para trabalhar os conteúdos da educação física da educação infantil ao 5º ano do ensino fundamental?
Será que você já parou para pensar nisso? Minha posição é a seguinte: se quisermos colocarmos a educação física num patamar igual às demais disciplinas, enfim, todo aquele discurso referente à educação física como um conhecimento dentro do ambiente escolar etc etc etc, eu vejo essa situação como algo que nos coloco como algo diferenciado, um apêndice.
Até porquê a professora generalista tem em sua formação obrigação de ministrar aulas de Educação Fìsica (Vejam o referencial curricular de pedagogia), assim como matemática, português, artes, ciências etc. Se não o faz, das duas uma: ou não se sente a vontade pra ministrar (o que nos levar a discutir então a formação desses profissionais) ou então a escola prefere um professor especialista como forma de marketing, isto é, demonstrar ao seus “clientes” que possui aulas de educação física (como se isso fosse um algo a mais… olha a educação física aí com apêndice….não falei?)
Na maioria das vezes a Educação Física nestes segmentos se torna um sinônimo de psicomotricidade e/ou de uma abordagem desenvolvimentista. Pode ser, por quê não? Mas aí fragmentamos a criança em corpo (educação física) e mente (portugues, matematica etc). Devemos pensar num trabalho unificado com ou sem professor de educação física dando aula nesse segmento, certo? E isso é difícil…. Mas isso é assunto pra um outro momento….
De qualquer forma, deixo como sugestão um plano de curso de educação física para educação infantil (Maternal, Jardim e Alfa). Confesso a vocês que nessa fase, temos que ser mais procedimentais mesmos e agir de forma psicomotora e desenvolvimentista. Não sou contra nenhuma concepção! Quero é dar aula e d forma coerente! Só isso!

sábado, 31 de janeiro de 2009

2009, aí vamos nós!!!

Dia 30 de janeiro. Provavelmente, o último dia de férias de muitos professores.
Pois bem, seria um tanto quanto “brochante” ficar debatendo, comentando sobre algo específico da profissão ou até mesmo vislumbrando projetos etc etc etc.
Acho melhor neste momento apenas sinalizar a todos nós que independentemente de onde você trabalhar, seja na rede pública ou privada, ganhando bem ou mal, este ano tem uma única coisa igual a todos os outros anos: mudança. A cada ano que passa, deve renascer em nós a possibilidade de mudança, a vontade de  (re)criar alternativas possíveis para aflorar nos próximos tudo de positivo e bondoso que há nesse mundo.
As atitudes valem muito. E, acreditem, valem mais que os conceitos, embora nos tentem nos convencer do contrários…
Por isso, deixo aí um vídeoclipe como reflexão aí embaixo. Já disse uma vez e repito. Não quero parecer elitizado, teórico nem utópico. Por isso, tento demonstrar isso através das minhas palavras, vocabulários, assuntos e, por que não através de um vídeo de uma banda nova e informal (assim como eu).
Não quero me prender a formalidades, mas, sim, em consciência. E na minha opinião para isso ocorrer deve-se haver um diálogo bem simples, quase próximo ao senso comum. E essa música me demonstrou isso: pensamento positivo, otimismo, respeito, paz.
Desejo a todos muito trabalho, luz, serenidade e criatividade!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Planejamento

Este blog começou no início do ano. Sendo assim, nada mais coerente do que iniciar os debates e as conversas falando sobre o planejamento anual que irá orientar cada professor ao longo do ano.
Pois bem, sou a favor de planejamentos! Principalmente, se estamos tratando de uma disciplina como a educação física que não possui uma diretriz que sistematiza os seus conteúdos, não possui livros didáticos etc. Se esta sistematização é boa ou ruim, não entrarei no mérito (pelo menos, neste momento…).
O que eu quero mostrar é que por anos e anos a Educação Física ficou “solta”, sem nenhuma orientação pedagógica. Diversas vertentes foram sendo criadas nesse bojo, sendo que nenhuma chegava a uma conclusão de fato. Talvez isso, tenha ocorrido pela imensidão que a educação física é (que bom!).
Isso é culpa de todos: de nós professores, das universidades (muitas vezes antiquadas), do nossos professores, da instituição escolar que não via (ou vê) a disciplina de forma relevante , da mídia e etc.
Sendo assim, qualquer professor que se preze deve fazer um planejamento que o oriente ao longo de suas aulas. Logicamente, ele pode mudar durante a jornada, mas pelo menos a espinha dorsal está pronta. Mas como fazê-lo?
Diversos pontos devem ser levados em consideração. Vejamos:
  1. Sugiro começar inicialmente analisando a escola na qual você está inserida, isto é, região urbana ou rural? Comunidade pobre ou elitizada? Escola laica ou católica? Ano dividido em bimestres ou trimestres? Muita ou pouca infra-estrutura? Turmas pequenas ou grandes? E por aí vai.
  2. Ele deve ir ao encontro do projeto político-pedagógico da escola.
  3. É interessante haver uma reunião pedagógica com toso os professores daquela série.
  4. Reunir-se também com os demais professores de educação física da escola (se houver).
  5. Ouvir seus alunos! Afinal, os maiores interessados nesse planejamento são eles.
Após ter levado esses pontos em consideração, o professor tem que estipular seus objetivos gerais e específicos. O primeiro trata-se de algo que você pretende alcançar num espaço longo, ao final de um bimestre, por exemplo. Já o segundo, trata-se de algo que você quer para o fim de uma aula, devendo ser mais simples.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Por quê fazer um blog?

Olá a todos,

Hoje, dia 23 de janeiro de 2009, ainda meio sem ritmo, confesso, entrei na Internet para procurar inspiração que me fizesse já a pensar neste ano escolar que se inicia. Afinal, como todo e bom professor, busco fazer um planejamento anual no qual irei ministrar minhas aulas.
Este ano será a primeira vez na minha carreira que darei aulas extracurriculares de Handebol. Admito que não sou um dos melhores praticantes de handebol e nunca tive interesse neste esporte desde criança. Enfim, aceitei o desafio feliz e contente e fui à luta.
Fui buscar informações didático-pedagógicas a respeito do tema. Não queria nada voltado para o alto rendimento, mas, sim, algo relacionado ao esporte educacional, ao Handebol como instrumento pedagógico.
Logo de cara no Google, achei o site “Pedagogia do Handebol” (http://pedagogiadohandebol.wordpress.com). Percebi que este era feito por um professor assim como eu, de forma bem simples, com temas bem simples e muito enriquecedores. E, não sei porquê, despertei sobre a idéia em fazer também um site que eu pudesse ao mesmo tempo, divulgar, orientar, interagir, desabafar e passar adiante o conhecimento que possuo e busco ter. Sem me preocupar com formalidades, teorias milaborantes e retóricas que, na minha opinião, recheiam os livros sobre Educação Física Escolar.
Sinceramente, nem sei se alguém entrará neste site e sequer lerá estes comentários. Talvez, será que é muita pretensão da minha parte achar que irei contribuir com a educação física através disto?
Sendo assim, eu deixo esse espaço como um canal de comunicação para que todos os professores de educação física possam conversar sobre nossa profissão. O assunto? Você escolhe.