Chegamos num nível em que é legitimado a prática docente de um professor especialista em qualquer disciplina. Diferente das séries anteriores, aqui é necessário um professor de matemática, de geografia, de educação física, etc.
Quem leu meus comentários sobre a EF até o 5o ano deve pensar: “Então neste segmento talvez a educação física será mais valorizada, pois tem uma pessoa designada para isso.” De fato, há melhoras, porém segue ainda na marginalidade em muitos casos pelo Brasil afora.
O grande problema de qualquer marginalização é que o marginalizado não impõe sua voz, não demonstra posicionamento, mesmo este estado errado, não importa! Quando você se posiciona, você tem respeito e notabilidade. Como diz meu chará Marcelo D2, “abaixou a cabeça, já era…”. Sendo assim, o currículo de Educação Física neste segmento é pouco vasto e pouco explorado. Resume-se muitas das vezes em pratica esportiva, tecnicista, repetitiva e, o pior, sem mudar nos quatro anos, do 6o ao 9o ano… Que loucura, não?
SE um ET chegasse ao Brasil e visse isso, ele fatalmente perguntaria: “Mas como pode alguém “aprender” a mesma coisa quatro anos seguidos? E ninguém fala nada? A diretora desta escola não se posiciona sobre isso?” E isso é que é o pior. A diretora, ou porque não tem conhecimentos consistentes pra se posicionar ou porque não tem interesse ou porque já desistiu, não se posiciona mesmo e se torna uma negligente, contribuinte deste cenário.
Pois bem, deixemos as lamúrias de lado. E vamos à prática? Tenho sugestões. Que tal repartí-las? Aceito sugestões.
Partindo do princípio de que aos 11 anos (idade em que geralmente os alunos chegam neste segmento) e que por conta disso já tenham uma vivência e uma amplitude do repertório motor, assim como conhecimento sobre seus limites, partiremos para outros conhecimentos.
- Ampliação dos movimentos motores através de grande jogos;
- Implementação de regras mais complexas e uso de materiais variados;
- Criação de jogos e regras pelos alunos;
- Capacidade de organização em grupo e individual;
- Resgate de jogos e brincadeiras populares;
- Gênero no esporte e nas demais atividades corporais;
- Jogos pré-desportivos e inciação a esportes;
- Criticidade em questões corporais como hábitos e transtornos corporais, violência, sexualidade etc.
- Folclore;
- Atividade física e saúde.
Alguém sugere outras coisas?
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