quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
A influência da mídia: o exemplo do Handebol
Você sabia que neste mês de dezembro está acontencedo o primeiro Campeonato Mundial de Handebol realizado no Brasil?
Se você respondeu 'sim', tu és um privilegiado.
Se você respondeu 'não', não se preocupe, a maioria também não sabe e a culpa não é sua.
O Handebol é o esporte mais praticado nas escolas brasileiras, logo após o futebol. Pratica-se mais Handebol do que vôlei e basquete, por exemplo. Acredito que isso tem a ver com a sua fácil assimilação dos alunos, já que é jogado com as mãos, tem que acertar um alvo grande (a baliza), pode quicar e deixar a bola rolar no chão e permite 7 pessoas jogando num time.
Se o Brasil mesmo assim não é uma potência no esporte, não é por culpa dos professsores de educação física que atuam em escolas. É bom deixar isso bem claro! São por outros ínumeros motivos que não fazem desse país uma potência esportiva como, por exemplo, desvio de verbas nas confederações, falta de patrocínios etc.
Só que o que quero trazer para discussão é a falta de visibilidade desse esporte nos meios de comunicação.
Você já viu a Globo abordando o Handebol?
Você já assistiu alguma partida de Handebol pelo Sportv?
Já viu ou conhece algum jogador de Handebol que foi entrevistado pela Band?
O argumento dessas emissoras provavelmente será que não há audiência. Ora, só haverá audiência se as emissoras propagarem a prática daquele esporte. Se não houver espaço na mídia, ninguém saberá o que se trata aquele assunto!
E parecido com a recém-formado que busca emprego e dizem que ele não tem experiência. Como ele terá experiência se nunca dão o primeiro emprego a ele?
Mas então como há transmissão ao vivo de Rugby pelo Sportv? Por quê há transmissão ao vivo de Stock Car domingo de manhã? Por quê há transmissão de Fórmula Truck? Será porque existem interesses que permeiam isso tudo?
Quando isso acontece é em época de Olimpíada ou Panamericano que existe um apelo dessas mídias e que, mesmo assim, perde visibilidade para outros esportes.
Voltado a falar sobre o Mundial Feminino que ocorre em São Paulo até este domingo, dia 18/12, a seleção feminina brasileira chega às Quartas-de-finais e enfrentará hoje a Espanha por uma vaga na Semi-final. Se o Brasil vencer é a primeira vez na história que isso ocorrerá.
E ninguém fala nada??????
Enfim, quem quiser assistir o jogo hoje terá que acessar op site http://www.esporteinterativo.com.br/. Lá transmitirá ao vivo a partida dessas guerreiras brasileiras a partir das 19:45.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
O esporte pede desculpas
Em meo à corrupções ministeriais e verbas exorbitantes para obras faraônicas, como nós, professores de educação física, nos relacionamos com isso?
Para reflexão, veja este vídeo abaixo.
Para reflexão, veja este vídeo abaixo.
Fonte: http://youtu.be/78UHoEXRlwo
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Tchoukball: uma nova proposta para a Educação Física
Tomei conhecimento recentemente de um esporte novo no Brasil e que merece ser difundido nas aulas de Educação Física por diversos motivos:
1) Quebra o monopólio do "Quadrado Mágico" em nossas aulas - Futebol, Basquete, Vôlei e Handebol - abrindo a mente de nossos alunos para outros esportes coletivos;
2) As regras são fáceis;
3) Não tem contato físico;
4) Pode ser jogado de forma mista, com meninos e meninas;
5) Exercita habilidades físicas como arremesso, salto, apreensão de objetos, assim como a visão óculo-manual, agilidade, velocidade, visão periférica, entre outros.
Que esporte estou falando? É o TCHOUKBALL.
As regras são as seguintes:
* O jogador deve arremessar a bola numa pequena cama elástica (que fica dentro de uma área em formato de semi-círculo) a fim de recolchetear nela e cair no chão. Caso isso ocorra, é ponto do seu time. Porém o adversário pode pegar a bola e, assim, evitar que o time oponente faça o ponto.
* São permitidos apenas 3 passes entre os jogadores até o arremesso.
* São 7 jogadores em quadra, podendo ser homens e mulheres.
* Não existe um alvo específico para cada equipe como no futebol e no basquete, por exemplo. Ambos os times podem arremessar em qualquer cama elástica.
* A bola não pode cair no chão e não há QUALQUER contato físico.
Maiores detalhes, acesse www.tekokatu.com.br e tire possíveis dúvidas.
Minha experiência:
Ao apresentar este esporte na escola, eu contextualizei aos alunos explicando que existem diversos outros esportes pelo mundo que são coletivos, diferente da realidade deles.
Além disso, eu busquei mostrar que um determinado jogo pode "crescer" e se tornar um esporte. E que qualquer pessoa pode criar um esporte. Basta ter regras instituídas, uma federação etc.
Lembrei que aquele futebol que os alunos jogam no recreio colocando mais jogadores para jogar, sem impedimento não é um esporte, mas, sim, um jogo de futebol.
E foi aí que apresentei o Tchoukball, falando um pouco de como ele foi criado, qual o seu objetivo e que já é jogado no Brasil, sendo nosso país o criador do Tchoukball de Areia, jogado muito na Praia de Copacabana.
As turmas de 9o ano inicialmente não gostaram da ideia, dizendo que seria chato, sem emoção por não ter contato físico etc. Após todos terem participado, percebi que eles jogaram com vontade, querendo ganhar (típico da idade deles, aproximadamente 14 anos).
Ao final da aula, perguntei o que eles acharam e a resposta foi basicamente a mesma:
"Legal, mas achei meio chato"
"Não tem graça não ter contato físico"
"Achei meio confuso"
E por aí vai...
Não queria obrigá-los a gostar daquele novo esporte. A proposta não era essa. Cada um tem o direito de gostar do esporte que quiser. Entretanto, busquei conscientizá-los de que foi "chato", "estranho" e "confuso" porque eles não estão acostumados a praticar aquilo e, acima de tudo, estão viciados aos mesmos jogos e esportes, com as mesmas características básicas: marcar, fazer faltas, acertar o mesmo alvo etc.
Confesso que não tive tempo no meu planejamento para dar outras aulas de Tchoukball. Dei apenas dois tempos de aula, mas vale a tentativa e a ampliação desta temática.
Foi surpreendente a vontade deles e suas articulações com esta nova possibilidade.
Vale a pena tentar!
Sugestões:
1) Na primeira experiência dos alunos, use uma bola de handebol (H1) ou de borracha (Penalty iniciação 10 ou 12) mais cheias do que o normal para aumentar a possibilidade de recolchete da bola na cama elástica.
2) Embora este esporte seja jogado por 7 pessoas por time, não é muito bom passar de 8 alunos por equipe. Caso contrário, muitos não participam do jogo, já que são apenas 3 passes.
3) Havendo dificuldade, permita que a bola caie no chão.
4) Use um mini-trampolim (parecido com aqueles de academia) e coloque-o inclinado apoiando num banco no meio da área de futsal/handebol à frente da balisa. Porém, as laterais ficam muito distantes e fora da angulação de arremesso. Assim, delimite a lateral da área com cones pequenos (do tipo "tartarugas").
Abaixo, segue uns vídeos para ver como é a movimentação do jogo.
domingo, 23 de outubro de 2011
ENEM 2011
Neste último fim de semana, tivemos a prova do Enem. Divulgo abaixo a prova e as questões relacionadas à Educação Física, que fazem parte da área de linguagens.
É possível identificarmos também questões que utilizam os temas 'postural corporal', 'estética' e 'saúde corporal' nas questões 124 e 134, porém as perguntas se referem à interpretação de textos e imagens. Isso vai diretamente ao encontro da proposta do Enem, uma certa interdisciplinaridade entre os conhecimentos.
Em outras postagens antigas, eu já havia colocado minha opinião sobre a inserção da EF no Enem e volto a repetir que acho válido a sua participação, por um único motivo: a legitima enquantro disciplina escolar dentro da escola, principalmente em épocas de crise e desvalorização que a EF vive no Ensino Médio.
De fato, a prova do Enem está em processo de melhorias ano após ano e percebo como um avanço para o ingresso no ensino superior. Que é a fórmula perfeita, logicamente, não é.
Voltando a falar sobre exclusivamente sobre a EF no Enem, sabe-se que a disputa é acirradíssima e que errar uma questão pode lhe tirar a vaga no tão sonhado curso. No formato da prova, as questões possuem o mesmo peso. Portanto, errar uma questão de física, matemática e igual a errar uma de Educação Física. Daí a sua importância cada vez maior no Enem e no Ensino Médio.
Podemos perceber que existem questões que fazem alusão direta à Educação Física (questões 96, 105, 108 e 109), contendo conteúdos e conceitos que devem ser trabalhados pela disciplina, sugerido, inclusive, pelos PCNs.
Podemos perceber que existem questões que fazem alusão direta à Educação Física (questões 96, 105, 108 e 109), contendo conteúdos e conceitos que devem ser trabalhados pela disciplina, sugerido, inclusive, pelos PCNs.
É possível identificarmos também questões que utilizam os temas 'postural corporal', 'estética' e 'saúde corporal' nas questões 124 e 134, porém as perguntas se referem à interpretação de textos e imagens. Isso vai diretamente ao encontro da proposta do Enem, uma certa interdisciplinaridade entre os conhecimentos.
Agora cabe cada escola, diversificar seu planejamento para esses alunos. Será que as escolas fazem isso?
sábado, 15 de outubro de 2011
Dia do professor!
À todos companheiros professores, um ótimo dia do mestre!
Que neste sábado descansemos e, acima de tudo, nos façamos refletir sobre nossa profissão em busca de melhores condições de trabalho.
Abaixo, deixo um vídeo de Eduardo Galeano que um amigo meu me enviou. Vale a pena assistí-lo para reciclarmos nossas mentes.
Até,
Que neste sábado descansemos e, acima de tudo, nos façamos refletir sobre nossa profissão em busca de melhores condições de trabalho.
Abaixo, deixo um vídeo de Eduardo Galeano que um amigo meu me enviou. Vale a pena assistí-lo para reciclarmos nossas mentes.
Até,
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Fair Play
Nesta quarta-feira, dia 20/07, teve muita repercussão o lance do Kleber, jogador do Palmeiras, em que ele ignorou o "Fair Play" no jogo contra o Flamengo. Na verdade, ele não é obrigado pela regra jogar a bola para fora. Porém, moralmente e eticamente é obrigado sim, a mesma forma em que você não é obrigado a ajudar uma pessoa idosa a atravessar a rua ou a ceder sua vez na fila de um banco ou do elevador etc. Mas é sabido, é posto em nossa sociedade, que isso é eticamente correto e o mais sincero a se fazer.
Tenho certeza que, mesmo estando em período de recesso na escola, quando nós professores voltarmos a trabalhar, nossos alunos falarão a respeito. E nós temos que dar conta deste assunto. Como abordar isso? Devemos ser parciais? Devemos apenas fomentar o assunto neles? Mas como faremos isso?
Sugiro, primeiramente, abordar algumas definições como ética e fair play. Numa aula eminentemente prática acho difícil explicar isso. É possível vivenciar esta experiência e, depois, discutí-la. Porém, antes disso, gosto mais de explicar conceitualmente esses pontos, respeitando, claro, a faixa etária dos seus alunos.
Mas, afinal, o que é ÉTICA? Sobre isso, disponibilizo abaixo um programa da TV Futura sobre o assunto, divididos em duas partes.
Já havia exemplificado em outras postagens vídeos sobre Fair Play. O Globo Esporte vai divulgar daqui a pouquinho, logo após o intervalo (e que eu vim correndo para car postar sobre este assunto), o exemplo do jogador Di Canio na década de 90. Eu já havia mostrado esse vídeo para os meus alunos na minha primeira aula de Educação Física de 2011. Fico feliz em ver esse caso no programa, pois só assim meus alunos darão valor ao que eu disse. A mídia é mais forte que nós professores...
De qualquer forma, divulgo abaixo esse e outro vídeo que o Globo Esporte não vai mostrar, ambos muito interessantes.
Não quero fazer juízo de valor, mas o jogo, entre Palmeiras e Flamengo, o Flamengo foi ético desde o início do jogo? E o Palmeiras foi ético desde o inpicio também? O que quero colocar em discussão também é que muitas vezes os esportistas se usam do Fair Play para forjar um personagem, uma pessoa boa, correta, íntegra ou então uma pessoa que precisa de cuidados médicos para parar uma jogada etc.
Enfim, ter Fair Play, ser ético, não pode durar apenas 90 minutos. Tem que durar a vida toda. O que é importante também analisar é que agir eticamente para mim pode ser para uma outra pessoa, por exemplo, não agir de forma ética. A ética varia de acordo com a religião, cultura, criação etc.
Fica a discussão.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Na corda bamba do Slackline
Divulgo abaixo uma reportagem que dei para o Jornal "Valia em dia", da Vale. É um material interessante para tirar dúvidas às pessoas que queiram praticar o Slackline. Além disso, pôde também disseminar tal prática pelas aulas de educação física.
Para ampliar a reportagem, clique em cima dela.
Para ampliar a reportagem, clique em cima dela.
domingo, 19 de junho de 2011
Jogos e brincadeiras populares
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Conhecer jogos e brincadeiras populares e antigas características da cultura corporal do corpo discente em questão.
Fomentar a prática lúdica em momentos de lazer.
Entrevistar pais e avós.
Fomentar a prática lúdica em momentos de lazer.
Entrevistar pais e avós.
Duração das atividades
50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Não há necessidade de conhecimentos prévios.
Estratégias e recursos da aula
Cada vez mais as crianças têm se ocupado com momentos de lazer que não sejam atividades corporais. O ócio nesta idade, além de uso indiscriminado de jogos eletrônicos e afazeres como curso de inglês, música etc, ganham espaço e tiram o tempo livre de brincadeiras e movimentos básicos para o corpo.
Assim, a Educação Física nos anos inicias deve se preocupar em fomentar, explorar e apresentar jogos e brincadeiras lúdicas que sensibilizem a criança para o exercício físico, alimentando a cultura popular de jogos.
Atividade 1:
Os alunos serão estimulados através de uma roda de conversa a dizer quais jogos/brincadeiras eles conhecem atualmente e que eles usualmente praticam. Nessa roda, será votado duas a três brincadeiras para serem praticadas naquela aula.
Atividade 2:
Após a aplicação dos jogos/brincadeiras, os alunos retornam à roda de conversa para dizer o que acharam. De acordo com os comentários, serão propostos reflexões sobre o ocorrido como, por exemplo, mudança nas regras, diminuição ou aumento do espaço físico para a prática, mudança de materiais etc.
Atividade 3:
Nesta mesma roda de conversa (sobre esta roda, sugiro que esta seja no mesmo espaço que foram feitas as atividades), será questionado pelo professor se seus pais e avós praticavam as mesmas atividades.
Atividade 4:
Após isso, no final da aula, os alunos receberiam uma ficha com um breve texto contendo informações que os estimulassem a perguntar em casa as três atividades que seus pais e/ou avós mais gostavam de fazer quando tinham a idade deles. Os alunos, então, escreveriam nesta ficha e trarão na próxima aula.
Atividade 4:
As atividades (principalmente as desconhecidas pela turma) posteriormente seriam praticadas em aula.
Assim, a Educação Física nos anos inicias deve se preocupar em fomentar, explorar e apresentar jogos e brincadeiras lúdicas que sensibilizem a criança para o exercício físico, alimentando a cultura popular de jogos.
Atividade 1:
Os alunos serão estimulados através de uma roda de conversa a dizer quais jogos/brincadeiras eles conhecem atualmente e que eles usualmente praticam. Nessa roda, será votado duas a três brincadeiras para serem praticadas naquela aula.
Atividade 2:
Após a aplicação dos jogos/brincadeiras, os alunos retornam à roda de conversa para dizer o que acharam. De acordo com os comentários, serão propostos reflexões sobre o ocorrido como, por exemplo, mudança nas regras, diminuição ou aumento do espaço físico para a prática, mudança de materiais etc.
Atividade 3:
Nesta mesma roda de conversa (sobre esta roda, sugiro que esta seja no mesmo espaço que foram feitas as atividades), será questionado pelo professor se seus pais e avós praticavam as mesmas atividades.
Atividade 4:
Após isso, no final da aula, os alunos receberiam uma ficha com um breve texto contendo informações que os estimulassem a perguntar em casa as três atividades que seus pais e/ou avós mais gostavam de fazer quando tinham a idade deles. Os alunos, então, escreveriam nesta ficha e trarão na próxima aula.
Atividade 4:
As atividades (principalmente as desconhecidas pela turma) posteriormente seriam praticadas em aula.
Recursos Complementares
Músicas em CD com cantigas de roda e brinquedos cantados. Por exemplo:
1)
ESCRAVOS DE JÓ
JOGAVAM CAXANGÁ
TIRA,PÕE, DEIXA FICAR
GUERREIROS COM GUERREIROS
FAZEM ZIGUE,ZIGUE,ZÁ
http://www.youtube.com/watch?v=2RBVi4b3dQw
2)
Atirei o pau no gato-to
Mas o gato-to
Não morreu-reu-reu
Dona Chica-ca
Admirou-se-se
Do berro
Do berro que o gato deu:
Miau!
http://www.youtube.com/watch?v=0hhz7KSEIAE
3)
Fui no Tororó beber água não achei
Achei linda Morena
Que no Tororó deixei
Aproveita minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada
Oh ! Dona Maria,
Oh ! Mariazinha, entra nesta roda
Ou ficarás sozinha
Fui no Tororó beber água não achei
Achei linda Morena
Que no Tororó deixei
Aproveita minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada
Oh ! Dona Maria,
Oh ! Mariazinha, entra nesta roda
Ou ficarás sozinha
http://www.youtube.com/watch?v=DqWG-gb0Dwo
Material como jogos antigos de tabuleiros, peões, jogos de dama, etc.
1)
ESCRAVOS DE JÓ
JOGAVAM CAXANGÁ
TIRA,PÕE, DEIXA FICAR
GUERREIROS COM GUERREIROS
FAZEM ZIGUE,ZIGUE,ZÁ
http://www.youtube.com/watch?v=2RBVi4b3dQw
2)
Atirei o pau no gato-to
Mas o gato-to
Não morreu-reu-reu
Dona Chica-ca
Admirou-se-se
Do berro
Do berro que o gato deu:
Miau!
http://www.youtube.com/watch?v=0hhz7KSEIAE
3)
Fui no Tororó beber água não achei
Achei linda Morena
Que no Tororó deixei
Aproveita minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada
Oh ! Dona Maria,
Oh ! Mariazinha, entra nesta roda
Ou ficarás sozinha
Fui no Tororó beber água não achei
Achei linda Morena
Que no Tororó deixei
Aproveita minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada
Oh ! Dona Maria,
Oh ! Mariazinha, entra nesta roda
Ou ficarás sozinha
http://www.youtube.com/watch?v=DqWG-gb0Dwo
Material como jogos antigos de tabuleiros, peões, jogos de dama, etc.
Avaliação
Devem ser organizadas as ideias trazidas pelos alunos , tais como:
- Qual jogos foram selecionados?
- Qual desses jogos são antigos e que a turma não conhece?
- Quais usam materiais diferentes?
- Quais podem ser jogados na rua, em casa ou na escola?
- É possível achar ou comprar algum desses jogos?
- Qual jogos foram selecionados?
- Qual desses jogos são antigos e que a turma não conhece?
- Quais usam materiais diferentes?
- Quais podem ser jogados na rua, em casa ou na escola?
- É possível achar ou comprar algum desses jogos?
sábado, 21 de maio de 2011
Livro didático de Educação Física
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná está disponibilizando gratuitamente os livros didáticos das disciplinas das escolas entre elas a da Educação Física. Os arquivos em PDF discorrem sobre os assuntos Dança, Esporte, Ginástica, Jogos, Brinquedos e Brincadeiras e Lutas.
Para fazer o download do livro clique no link abaixo:
terça-feira, 10 de maio de 2011
SABER jogar X SER um jogador
Qual a diferença entre saber jogar uma modalidade esportiva e ser um jogador? É a mesma entre o Adriano e Zico, ou a mesma entre o Ronaldinho Gaúcho e o Pelé.
O que eu quero dizer como isso? Bom, é inegável que os quatros atletas acima são ou foram grandes jogadores tecnicamente. Porém, será que todos foram bons jogadores moralmente e em termos atitudinais? Peço desculpas a alguém se não concordam com as comparações feitas acima. Porém, não quero me prender a nomes. Quem não concordar, escolha qualquer nome que lhe faça entender a diferença abordada.
Na escola, o que se vê muito são alunos querendo se mostrar habilidosos e grandes "jogadores", trazendo para dentro da aula, ranços que são vistos na televisão todo domingo à tarde ou quarta à noite. Costumo brincar que o pior dia para dar aula de educação física são nos dias seguintes a esses. Se o Neymar começar a usar uma chuteira rosa, não dá uma semana pra vários alunos aparecerem com a mesma chuteira.
Deixando o tema consumismo de lado desta discussão, o que quero colocar em pauta aqui é que mais do que saber jogar, é preciso ensinar ser um jogador, isto é, íntegro, cordial, solidário, habilidoso, protagonista, líder, agregador e que gere valores.
Para isso, usei com meus alunos uma reportagem (clique aqui) que trata da felicidade em praticar algum esporte e nos ensinamentos que uma derrota dá a alguém, seja ele o vencedor ou o perdedor.
Exercite isso também nos seus alunos.
O que eu quero dizer como isso? Bom, é inegável que os quatros atletas acima são ou foram grandes jogadores tecnicamente. Porém, será que todos foram bons jogadores moralmente e em termos atitudinais? Peço desculpas a alguém se não concordam com as comparações feitas acima. Porém, não quero me prender a nomes. Quem não concordar, escolha qualquer nome que lhe faça entender a diferença abordada.
Na escola, o que se vê muito são alunos querendo se mostrar habilidosos e grandes "jogadores", trazendo para dentro da aula, ranços que são vistos na televisão todo domingo à tarde ou quarta à noite. Costumo brincar que o pior dia para dar aula de educação física são nos dias seguintes a esses. Se o Neymar começar a usar uma chuteira rosa, não dá uma semana pra vários alunos aparecerem com a mesma chuteira.
Deixando o tema consumismo de lado desta discussão, o que quero colocar em pauta aqui é que mais do que saber jogar, é preciso ensinar ser um jogador, isto é, íntegro, cordial, solidário, habilidoso, protagonista, líder, agregador e que gere valores.
Para isso, usei com meus alunos uma reportagem (clique aqui) que trata da felicidade em praticar algum esporte e nos ensinamentos que uma derrota dá a alguém, seja ele o vencedor ou o perdedor.
Exercite isso também nos seus alunos.
sábado, 30 de abril de 2011
Tijuca e os esportes
Em comemoração aos 100 anos da Praça Saenz Peña, resolvi iniciar um trabalho que fazia anos atrás como bolsista na época de faculdade e tenho, há alguns meses atrás, trabalhado novamente em cima dela. Chama-se "Mapeamento das intalações esportivas da cidade do Rio de Janeiro". É um projeto inovador, importante e, acima de tudo, árduo.
A prefeitura do Rio de Janeiro, através do Instituto Pereira Passos, já fez um mapeamento esportivo. Porém, a crítica que faço a tal trabalho é que eles apenas quantificam cada bairro com os locais para a prática esportiva. Embora eu saiba a importância e necessidade de um levantamento com esse, ela não o relaciona com a população da região e nem avalia suas condições, assim como exclui equipamentos de lazer como mesas de xadrez e dama.
Neste meu trabalho, além de quantificar, eu amplio o leque de atividades dando espaço para equipamentos esportivos e de LAZER. Além disso, eu os classifico por Tipologia. São elas:
1) Quadras cobertas: instalações cobertas, com marcações de futsal, basquete, voleibol e/ou handebol e destinados à sua prática.
2) Quadras descobertas: instalações descobertas, com marcações de futsal, basquete, voleibol e/ou handebol e destinados à sua prática.
3) Campos: instalações descobertas, em terreno como gramado e terra batida, que se destinam à prática de Futebol, Rugby, Hóquei em Campo, Beisebol etc.
4) Especiais: instalações ou espaços que não se encaixam em nenhum outra classificação acima como, por exemplo, Pista de skate, ciclovia, pista de atletismo, etc.
Além disso, eu avalio as condições dessas instalações para o uso da população nas seguintes categorias:
A) Condições das marcações;
B) Acesso a portadores de necessidades especiais (PPNE);
C) Iluminação;
D) Condições do piso;
E) Tipo de piso;
F) Presença de banheiros.
Os espaços visitados são todos públicos.
As referências para delimitar o bairro foi utilizado do site da prefeitura http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/.
Bairro com pouco mais de 8000 habitantes numa área em torno de 3200 ha (Fonte: Armazém de Dados), a Tijuca apresenta pouquíssimos espaços públicos de acesso gratuito para a prática esportiva e de exercícios físicos, direcionando o público tijucano a pagar para tal direito em academias, clubes etc.
A única quadra disponível, por exemplo, é de adminsitração do Shopping Tijuca, ficando restrita aos alunos das escolinhas que ali frequentam e ficando trancada nos outros horários. Cruel, não?
Além disso, a ausência de espaços públicos de qualidade, com uma urbanização pensada e planejada, deve-se em parte, ao meu ver, num direcionamento dos órgãos públicos para a especulação imobiliária, eliminando paulatinamente áreas de lazer e esportivas. Isso fere, inclusive, a Constituição Federal que garante à população o acesso ao lazer.
Perceba a enorme ausência de espaços para a prática coletiva de esportes como futebol, basquete etc. Na Tijuca, não há tais locais, mesmo tendo um quantitativo considerável populacional.
Bairro com pouco mais de 8000 habitantes numa área em torno de 3200 ha (Fonte: Armazém de Dados), a Tijuca apresenta pouquíssimos espaços públicos de acesso gratuito para a prática esportiva e de exercícios físicos, direcionando o público tijucano a pagar para tal direito em academias, clubes etc.
A única quadra disponível, por exemplo, é de adminsitração do Shopping Tijuca, ficando restrita aos alunos das escolinhas que ali frequentam e ficando trancada nos outros horários. Cruel, não?
Além disso, a ausência de espaços públicos de qualidade, com uma urbanização pensada e planejada, deve-se em parte, ao meu ver, num direcionamento dos órgãos públicos para a especulação imobiliária, eliminando paulatinamente áreas de lazer e esportivas. Isso fere, inclusive, a Constituição Federal que garante à população o acesso ao lazer.
Perceba a enorme ausência de espaços para a prática coletiva de esportes como futebol, basquete etc. Na Tijuca, não há tais locais, mesmo tendo um quantitativo considerável populacional.
É válido destacar que a presente pesquisa ainda não foi finalizada devido a grandeza da mesma. Vejamos, portanto, os resultado obtidos até o presente momento:
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Slackline nas aulas de Educação Física
Uma modalidade nova que tem conquistando cada vez mais praticantes no Rio de Janeiro é o Slackline ou Corda Bamba.
Pela cidade, é possível ver esta atividade pelas praias pendurandas em seus coqueiros, em áreas como parques e áreas de lazer. Basta haver uma área livre com duas hastes fixas e firmes próximas.
O Slackline consiste em uma corda de 25mm de largura presa em duas hastes firmes e rígidas. O praticante busca subir e se equilibrar na corda, se movimentando e fazendo manobras que priorizam a concentração, equilíbrio e resistência.
Por ser uma atividade corporal nova e contemporânea, é possível trazê-la para dentro das aulas de Educação Física. Os alunos se motivam em praticar algo novo e inesperado dentro dos muros de uma escola, ainda enraigado por um conteúdo conservador e tradicional.
E foi isso que aconteceu quando levei a corda para a minha escola. Apresentei a modalidade para o 4o e 5o ano do Ensino Fundamental. De uma forma geral, a aula foi um sucesso, porém vale a pena dar dicas e levantar algumas questões e impecilhos. Até porque, não se encontra artigos, estudos, monografias, crônicas etc que abordam a Educação Física e o Slackline. Vale, portanto, deixar minhas contribuições.
Passo a passo:
1) Primeiramente, expliquei do que se tratava o material e contextualizei com eles, fazendo menção às praias cariocas e perguntando se já haviam visto ou praticado tal modalidade.
2) Abordei a importância da normas de segurança. Lembrei que toda atividade física existe riscos de quedas, lesões etc. E cabe ao praticante, tomar as devidas precauções.
3) Expliquei como deveria ser a posição dos pés, joelhos, troncos e olhos:
3.1 - Pés: Ao longo da corda, dando passos um após o outro. Nunca colocando os pés perpendiculares à corda, pois teria menos superfície de contato.
3.2 - Joelhos: Retos ou semi-flexionados.
3.3 - Tronco: Ereto, não permitindo que o centro da gravidade abaixasse.
3.4 - Olhos: Fixar sua visão num ponto fixo a sua frente.
3) Formei duplas, sendo um para subir na corda e outro faria a segurança. Pedi para que todos tirassem os tênis e as meias.
4) Formei uma coluna de um lado da corda com quem iria subir e outra coluna com quem iria fazer a segurança do outro lado da corda.
5) A segurança era feita da seguinte maneira:
5.1 - O praticante seguraria no ombro do "segurança". Este, por sua vez, não seguraria o praticante. Apenas acompanharia-o pela corda ao seu lado.
5.2 - Eu sempre iria do outro lado. Apenas olhando a execução do movimento e ajudaria quando preciso.
6) Após percorrer a corda, a dupla voltaria para o final da fila. Só que trocariam as posições, o "segurança" subirá na corda e o praticante virará o "segurança".
Problemas a serem enfrentados e debatidos:
Algumas turmas minhas possuem mais de 30 alunos. Assim, formei em torno de 15 duplas. Sabendo que é uma atividade lenta e o andar pela corda requer atenção, concentração e paciência, o que fazer com as outras 14 duplas que aguardam na fila???
Essa é a grande dificuldade de uma aula como esta. Todo o professor sabe a dificuldade que é deixar os alunos atentos e quietos por muito tempo. Além disso, após uma aula de 50 minutos, por exemplo, pode ser que cada aluno tenha andando na corda apenas 1 ou 2 vezes apenas! Não parece tão proveitoso assim, né?
Soluções (?)
Coloco a palavra "solução" acompanhada de uma interrogação, pois obviamente não pretendo dar respostas prontas e fechadas. Cada professor sabe das suas necessidades e peculiaridades. Eu busquei minhas soluções. Então, cada um que busque a sua, correto?
1) Usei a corda para outros fins: trabalhei saltos e rastejos com os alunos. Ora afrouxava a corda, ora tensionava e subia a sua altura. Variava colocando colchões para os alunos caírem e etc.
2) Usei a corda para fazer jogo de arremessos, fixando alvos (garrafas pet, bolas etc) em cima da corda tencionada ou arremessando bolas por debaixo da corda e buscando acertar alvos do outro lado da quadra. Depois, pedi que arremessassem por cima da corda também.
3) Criei circuito com vários obstáculos (plintos, colchões, cones, bambolês, trave de equilíbiro e, por último, a corda bamba.
Enfim, espero ter colaborado com outros professores de educação física. Pontuei problemas que envolvem a temática e apresentei soluções.
Acredito na Educação Física atenta às novas tendências e modalidades contemporâneas e urbanas. Vale a pena tentar! Os alunos no final sempre aprovam pedindo "Quero Mais!".
segunda-feira, 7 de março de 2011
Carnaval popular e sem barreiras
É uma festa popular inacreditável, que não tem como narrar em palavras o que ela significa. Mas, enfim, tentarei fazer a minha parte...
Apareci na Praça XV, domingo de manhã, para acompanhar o Bloco "Cordão do Boitatá", só que quando cheguei lá o bloco já tinha praticamente terminado. Meu tamborim nervoso e eu ficamos decepcionados. Só que uma maigo meu que foi comigo disse que sairia logo depois um outro bloco chamado "Cordão do Boi Tolo".
Fiquei para acompanhar. O referido bloco comecou muito forte e intenso, pelas vielas do centro: Rua do Mercado, Ouvidor, Travessa Tocantins etc. Logo na primeira curva já estava inserido na bateria, com aqueles isntrumentos de sopro que ecoam a melodia por mais tempo e alcança mais longe os ouvidos dos foliões. Fui até o final e fiquei impressionado com a força daquele bloco até então desconhecido por mim e por muitos outros.
Ao chegar em casa, soube pela imprensa que aquele bloco começou com pessoas que não se conheciam e que foram para assistir o Boitatá e chegaram lá e não viram o bloco passar, pois foram no horário errado.
O engraçado é que aconteceu o mesmo comigo, porém tive o prazer de encontrar o Boi Tolo que defende as características originais dos blocos cariocas, sem bahianização, sem cordas, onde o músico está no mesmo patamar do folião, sem trajeto definido, sem carros de som, sema abadás etc... Sem a mercantilização do carnaval que tá tomando conta desta festa popular. O Boi Tolo não pode se render à prefeitura e continuar saindo sem qualquer permissão dos órgãos públicos, não por querer subverter as regras, (até que quer sim...), mas por ser uma força contra ao que existe hoje. Afinal, temos que ver empresa de cerveja dominar e ficarmos quietos? Não foi assim que fui criado. Se algo me perturba, sigo criticando!
Parabéns ao Boi Tolo, um bloco, por que não dizer, anárquico e que leva milhares de foliões junto consigo.
Ao chegar e casa (exausto), olhei pra camisa que vestia. A estampa dela dizia ("Recicle ideias"). Depois do dia de hoje, percebi que NADA É POR ACASO.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Volta às aulas
Primeiro dia de aula esta semana.
Logo após o dia de trabalho, fui pra casa pensando e refletindo sobre aquele primeiro dia, analisando o que deu certo e o que deu errado. Resumidamente, ele foi ótimo: as turmas são boas, animadas, educadas etc. Sempre tem um ou outro que você já percebe que vai te dar um pouco mais de trabalho. Normal, né?
O que mais me intrigou nesse primeiro dia é perceber que a Educação Física convive com um dos MAIORES RANÇOS DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA. Para quem acha que a disciplina é algo fácil a ser ministrado, está redondamente enganado. Embora seja a matéria que os alunos achem a mais divertida e a mais prazerosa, ela convive com um nó extremamente sério e de difícil resolução.
Eu já sabia que a disciplina possuía entraves, só que desta vez percebi que não se tratava de uma simples dificuldade, mas, sim, tratava-se de uma enorme omissão histórica.
Primeiramente, imaginava começar o meu ano letivo indo até a sala de cada turma e iniciar a minha aula ali, me apresentando, dando boas-vindas a possíveis alunos novos, explicando o que faríamos aquele ano etc. Porém, fui surpreendido com os alunos correndo direto para a quadra da escola, procurando o professor (que era eu).
Em seguida, antes mesmo de me apresentar e acalmá-los, pedindo para que sentassem na arquibancada do campo do colégio, um aluno logo disse:
"Vai ser futebol hoje?"
Outro completou:
"Qual vai ser o time?"
E pra finalizar, o toque feminino:
"Vai ter queimado?"
"Vai ter queimado?"
Confesso que não esperava isso deles. Sei que os alunos são fissurados em futebol e queimado na escola, mas não imaginava isso antes mesmo de eu dizer "Bom dia". Ingênuo eu, não?
Taí um dos grandes ranços da escola!
Embora todos gostem muito de Educação Física, todos só querem futebol e/ou queimado. E o pior: futebol só pra meninos e queimado só para meninas.
Os motivos para esta configuração são vários. Após essa reflexão desta semana, chego a 3 justificativas e gostaria de dividir com todos. Vejamos:
1) A época Esportivista a partir da década de 70, utilizada pelo período militar do nosso país, onde o Brasil seria uma "potência mundial" e os atletas são os "soldados da nação".
Só que o que mais me intriga é que tudo nessa vida tem fases, porém esta fase NÃO ACABA!!! Isso me leva a crer na segunda justificativa.
2) A disseminação da cultura do esporte através da mídia, ou melhor, a MONOCULTURA, já que os grandes veículos de massa so transmitem futebol. Com exceção das épocas de Olimpíada ou outro campeonato mundial (como o vôlei) e canais a cabo especializados em esporte.
Além disso, as marcas e o apelo pelo o melhor produto de qualidade, associados a esportistas famosos, atrelam esta monocultura ao consumo, o que tende a aproximar o expectador do espetáculo.
3) Esse último ponto é o que mais me incomoda. Os alunos chegam até você "viciados" por essa monocultura que o professor de educação física alimenta ainda mais quando aplica apenas esta tal monocultura que destrói a Educação Física. Como os meus alunos vão se interessar pelo que eu quero apresentar a eles se eles só conhecem o futebol/queimado? Isso faz com que o meu trabalho seja mais difícil. Não que seja impossível, fazê-los gostar, porém o caminho torna-se mais tortuoso.
Não ache você que eu odeio futebol. Pelo contrário, eu amo! Sou vascaíno de coração, acompanho jogos etc. Porém, não sou refém dele. Tenho criticidade ao falar e jogar ele. E é isso que busco passar aos alunos.
Embora, todos amem a Educação Física, fazer algo inovador é motivo de desgosto, discussão e reclamação. Daí tem que surgir aquele professor "show man" para motivar os alunos àquela atividade "diferente".
Ah, sobre a minha primeira aula. Sabe o que eu fiz? Passei três vídeos na sala. Preciso dizer se eles gostaram? Lógico que não, né? Até eu começar a passar os vídeos....
Depois dos vídeos, de um grupo de 30 que não gostaram da ideia, passaram a ser 18. Após a apresentação do que teríamos nas aulas, o grupo se reduziu a 15.
Enfim, não consegui modificar todos, mas cheguei à METADE. Grande avanço, não?
Passo abaixo os vídeos para quem quiser usá-los.
Vamos à luta e pensem nisso.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Subúrbio carioca
Ontem, fui à feijoada da Portela, na quadra da escola que fica no bairro de Madureira, subúrbio carioca. Fora o calor e a desorganização urbana que impera no local, foi um programa ótimo, cheio de alegria, samba, feijoada (claro) e algumas reflexões.
Ao longo da caminho, que fiz de carro com três amigos da Tijuca ao destino final, conversamos sobre muita coisa: futebol, samba, mulher, etc. O caminho que fizemos foi um verdadeiro tour histórico-cultural da mais alta qualidade. Num país sério, esse trajeto seria considerado um "caminho espetacular da música". Vejam se estou errado:
Da Tijuca, pegamos a Boulevard 28 de setembro em Vila Isabel (alguém conhece Noel Rosa? Ah tá, só pra saber...). Posteriormente, pegamos um túnel com o mesmo nome do compositor e caimos na Rua 24 de maio e margeamos a linha do Trem, um equipamento extremamente característico do subúrbio carioca. Passamos pelos bairros do Jacaré, Méier, Engenho de Dentro, Quintino, Bento Ribeiro, Ricardo de Albuquerque, Cascadura e, enfim, Madureira. Chegando próximo a este último já víamos as as placas de sinalização indicado "Portela" e "Império Serrado".
Pelo caminho, além da linha do trem, vi também coretos seculares, pracinhas com crianças brincando no calor de 40 e poucos graus. Vi também buracos no asfalto e infrações de trânsito de mais variadas periculosidades.
Olhando para o alto, vi gatos de energia e pipas colorindo o céu. Dentro do carro (com o ar condicionado ligado, lógico), comentávamos sobre a importância do subúrbio carioca e sua "pacificação" com o advento das UPPs. As opiniões divergiam, mas isso seria um outro tópico a ser discutido.
Chegando lá na quadra da Portela, um calor sinistro, uma feijoada de qualidade e pessoas das mais variadas idades que se divertiam horrores. No palco, aqueles senhores com uma cultura popular do samba aflorando pela pele cantando músicas que homenageavam Clara Nunes. A crítica que faço é a desorganização que aquela região denota.
O planejamento urbanístico pensado para a Zona Sul do Rio deve ser o mesmo para a Zona Norte, Oeste e todo o subúrbio, lógico, cada uma com suas particularidades. Senti falta de uma valorização do espaço público daquela área, cuja responsabilidade seria da prefeitura do Rio. Aquilo ali era pra tá rodeado de turistas, assim como o Jongo da Serrinha (em Madureira também), o bairro de Vila Isabel, entre outros...
Voltando para casa, vi a cena que considero a mais emblemática do que é o subúrbio carioca: cadeiras de praia na rua, vizinhos conversando e um banquinho com cerveja em cima para fugir do calor (este último é opcional).
E hoje, um dia depois da minha visita, li a revista do Globo que na sua capa aborda como tema principal a importância do subúrbio carioca. E automaticamente fiz uma relação com o que eu vivi ontem.
O mais engraçado é que eu sempre vivi na Tijuca, bairro da Zona Norte que não é considerado subúrbio, mas um dos bairros mais tradicionais do Rio de Janeiro e talvez o mais tradicional da Zona Norte. Entretanto, sempre tive o privilégio de viver esse clima suburbano. Cadeiras na rua, vendedores na porta de casa vendendo pão, leite, vassoura, brincadeiras de rua, pipas no céu e tranquilidade imperando durante o dia.
E isso tudo me deu uma saudade da minha infância e um orgulho de ter vivido isso, diferente de outros que não tiveram essa oportunidade.
Como seria bom se revitalizassem o subúrbio. Porque revitalizar o povo suburbano não é necessário. Ele se retroalimenta.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Plano de curso: Ensino Fundamental I
Posto aqui um plano de curso para o Ensino Fundamental I. Gostaria de deixar claro que o objetivo deste blog NÃO é REPRODUZIR conteúdos de maneira estanque.
A postagem de um plano de curso, seja ele de qual segmento de ensino for, tem por objetivo colaborar, discutir e trocar informações sobre a área.
Caso algum professor visite meu blog e COPIE INTEGRALMENTE meu plano, é bom saber que ele iniciará seu planejamento do ano já comentendo um GRAVE ERRO didático-pedagógico, pois cada escola é diferente e possui sua relevância social de conteúdos e uma cultura particular. Os motivos que me fizeram construir o planejamento dessa forma, são específicos para a minha escola. Torna-se, inclusive, leviano algum professor "CONCLUIR" que este está errado, por exemplo.
Mesmo se após ler isso, algum professor INSISTA em copiar o planejamento, por achar a minha opinião supracitada algo desnecessário e/ou irrelevante, saiba que este professor, DE FATO, NÃO É UM BOM PROFISSIONAL.
Por isso, coloco aqui este planejamento como forma, inclusive, dos estudantes ou professores (defasados ou não) exercitarem o ato de planejar seu trabalho também.
É bom ele dormir com isso na cabeça. Um dia o mercado de trabalho irá lhe cobrar isso...
De qualquer forma, cumpro com meu dever profissional e minha vontade pessoal de discutir acerca da minha profissão e segue abaixo meu planejamento.
Bons estudos!!!
2º ANO | 3º ANO | 4º ANO | 5º ANO | |
1º Bimestre | ||||
Tema | Jogos populares | Atletismo | Atletismo | Atletismo |
Sub-temas | - Piques - Polícia e Ladrão - Amarelinha - Queimado - Chicotinho queimado - Galinha choca - Gato mia - Siga o mestre - Carnaval - Batata quente | - Corrida de revezamento - Corrida individual - Corrida com obstáculos - Salto em distância - Salta em altura - Arremesso de peso | - Corrida de revezamento - Corrida individual - Corrida com obstáculos - Salto em distância - Salta em altura - Arremesso de peso | - Corrida de revezamento - Corrida individual - Corrida com obstáculos - Salto em distância - Salta em altura - Arremesso de peso |
2º Bimestre | ||||
Tema | Jogos cooperativos | Jogos de lançamento e de rebater | Jogos de lançamento e de rebater | Jogos de lançamento e de rebater |
Sub-temas | - Roda de bambolê - Incêndio na floresta - Dança das cadeiras cooperativo - Pique-abraço - Corrida coletiva - Recorde | - Lançamento da pelota - Frisbee - Hóquei - Tênis - Taco - Frescobol - Peteca - Basebol - Voleibolão | - Lançamento da pelota - Frisbee - Hóquei - Tênis - Taco - Frescobol - Peteca - Basebol - Voleibolão | - Lançamento da pelota - Frisbee - Hóquei - Tênis - Taco - Frescobol - Peteca - Basebol - Voleibolão |
2º ANO | 3º ANO | 4º ANO | 5º ANO | |
3º Bimestre | ||||
Tema | Jogos com regras | Jogos com bola | Esportes coletivos | Esportes coletivos |
Sub-temas | - Contests variados - Queimado - Pique-bandeira - Futsal e variações - Quicabol - Estátua - Câmbio | - Futsal e variações - Câmbio - Quicabol - Queimado e variações - Jogo dos 7 passes - Cesta humana - Alerta | - Voleibol e variações - Futsal e variações - Basquete e variações - Handebol e variações | - Voleibol e variações - Futsal e variações - Basquete e variações - Handebol e variações |
4º Bimestre | ||||
Tema | Ginástica | Ginástica | Criação de jogos | Criação de jogos |
Sub-temas | Rolamentos - Avião - Vela - Ponte - Equilíbrio - Pirâmide humana - Paradas com apoio - Estrela | Rolamentos - Avião - Vela - Ponte - Equilíbrio - Pirâmide humana - Paradas com apoio - Estrela | - Corfebol - Marcelobol - Quicabol - Foot flag - Trabalho “Invente seu jogo” | - Corfebol - Marcelobol - Quicabol - Foot flag - Trabalho “Invente seu jogo” |
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