quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Enem 2012: questões relacionadas à Educação Física

Acabou o Enem e o que mais me interessa neste concurso são as questões que remetem à Educação Física. Recebi um email da professora Sabrina Lacerda, de Curitiba, comentando sobre as questões. E queria compartilhar minha opinião também sobre o assunto.

Segundo ela, chamou a sua atenção na prova a defesa e os comentários sobre a valorização da Educação Física com a inclusão de questões da disciplina no ENEM. Além disso, os temas Padrões de Beleza e Alienação do Futebol são questões importantes, como também os efeitos do exercícios no organismo do ser humano, todas abordadas na prova. Porém ela sentiu falta sobre mais conteúdos da Cultura Corporal.

As questões foram as 109, 110, 113 e 132.






Na minha opinião, as questões 109 e 110 demonstram relação direta com interpretação de textos. A 113 (futebol) e 132 (exercicio fisico) foram as que mais me agradaram, poi ao meu ver possuem conteúdos especificos da Educação Fisica, sendo esses os principais conteúdos que o aluno deve ter para solucionar a questão. Nas duas primeiras penso que a interpretação de texto é o recurso principal e o uso da temática "corpo" foi usada com pano de fundo e algo superficial.

Mas acho importante ressaltar que o que mais gostei foi a ausência de questões mais tecnicistas como ano passado. Não sei se todos lembram, mas tinha questão perguntando qual era o movimento que o jogador de vôlei fazia numa foto: saque, ataque ou defesa. Acho que isso é voltar ao vestibular antigo...

 O debate está aberto! Gostaria de ouvir mais opiniões sobre o assunto.

domingo, 12 de agosto de 2012

Brasil: uma potência nos esportes coletivos





Acabou a Olimpíada de Londres. Agora é pensar no Rio em 2016. O resultado do Brasil foi o melhor de todos os tempos no total de medalhas. Ao todo, foram 17, ultrapassando as 15 de Atlanta e de Pequim, porém os 5 ouros de Atlanta ainda não foram superados.

De pontos positivos, vejo duas coisas: 

1) O Brasil subiu mais no pódio. Isto é a melhor forma para verificarmos se um país evoluiu  ou não nos Jogos.

2) Em esportes que antigamente era algo inimaginável obter uma medalha como, por exemplo, no Boxe, Pentatlo moderno e Ginástica artística, desta vez o Brasil mostrou força. As demais medalhas já eram de se esperar.

3) O Brasil é uma potência nos esportes coletivos. Vejo pouca gente comentar, inclusive a mídia, mas em se tratando de esportes coletivos o Brasil ficou na segunda colocação em total de medalhas, atrás apenas dos Estados Unidos. Fiz abaixo uma tabela mostrando isso. Relacionei os desportos que originalmente são disputados com no mínimo dois atletas. Vejamos:



Vale a reflexão para 2016. Continuemos fortes nos coletivos e cresçamos nos individuais, valorizando modalidades pouco exploradas.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Quadro de medalhas: uma invenção da mídia

Primeiro dia da Olimpíada de Londres. O Brasil pela primeira vez consegue logo três medalhas. O resultado disso é uma divulgação imediata do quadro de medalhas pelos meios de comunicação. Afinal, o Brasil por alguns instantes ficou no topo do ranking. Mas, afinal, que ranking é esse? De onde surgiu este quadro de medalhas? E o seu critério? Não é um tanto quanto estranho? E o que vale mais? Ganhar mais ouros ou ganhar mais medalhas ao todo?

Li recentemente um texto do presidente do Confef (Conselho Federal de Educação Física), Jorge Steinhilber, na qual ele criticou esse tal ranquiamento. Embora, eu tenha diversas críticas e contestações quanto ao Sistema Cref/Confef, eu comungo da mesma opinião dele este assunto.

O COI (Comitê Olímpico internacional) não divulga e não elabora este quadro de medalhas. Tal caracterização foi criada a partir de 1948, após  a Segunda Guerra com o duelo histórico entre a ex-União Soviética e os Estados Unidos (Guerra Fria). Inclusive na Carta Olímpica (documento que rege os Jogos), existe a definição explícita de que a competição não se aplica aos países. Já no capítulo cinco da carta, o COI é proibido de estabelecer um ranking oficial, embora reconheça que publica o quadro com o objetivo de informar.

— Não existe quadro de medalhas para o COI e para o COB, mas acabam usando para destacar o desempenho de um país. É o contrário do que falava o Barão de Coubertin (idealizador dos Jogos Modernos).  — analisa Jorge Steinhilber, presidente do Conselho Federal de Educação Física.

A mídia se 'apoderou' deste ranking para criar a competitividade entre os países e ainda a ressignifica. Em Pequim-2008, os EUA mudaram o críterio por ter perdido o primeiro lugar de outros para a China, estabelecendo o critério do total de medalhas. Assim, os estadunidenses ficaram ainda com a hegemonia. Estaríamos vivendo uma 'Guerra fria esportiva' ?

Devemos ver a Olimpíada como uma competição sim, porém, uma disputa para superar a si mesmo. Esta competitividade ntre os países é extremamente equivocada, já que o desempenho olímpico está atrelado diretamente com investimentos econômicos e políticos no setor. Dessa forma, os países ditos 'desenvolvidos' já saem na frente a passos largos. Afinal, o esporte também é um reflexo das diferenças e injkustiças sociais, assim como a educação, saúde etc. Assim, os primeiros colocados sempre serão os mesmos, até que se mude a estrutura social e econômica mundial...

Fica a reflexão.

Para ler a reportagem toda do presidente do Confef, clique aqui.