De acordo com a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira (LDB 9394/96), a Educação Física deve estar presente em todo o Ensino Básico, sendo componente curricular obrigatório da Educação Infantil ao Ensino Médio (LDB, art. 26, § 3º).
A respeito da formação profissional exigida para lecionar na educação básica, a referida lei admite nível superior, admitida como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental a modalidade Normal, oferecida em nível médio (Art. 62).
A partir disso, gera-se uma brecha na lei, possibilitando a atuação de dois profissionais nesta função. Temos a presença do professor generalista, com formação em curso Normal e/ou com nível superior em Pedagogia, ou o professor especialista, graduado em licenciatura plena em educação física, também em nível superior.
Sendo assim, torna-se necessário, portanto, uma discussão em âmbito acadêmico sobre quem deve ministrar as aulas de educação física nessas séries supracitadas. Torna-se relevante analisarmos a participação destes profissionais no que tange ao ensino da educação física. Afinal, existe um professor com maior capacidade para trabalhar os conteúdos da educação física da educação infantil ao 5º ano do ensino fundamental?
Será que você já parou para pensar nisso? Minha posição é a seguinte: se quisermos colocarmos a educação física num patamar igual às demais disciplinas, enfim, todo aquele discurso referente à educação física como um conhecimento dentro do ambiente escolar etc etc etc, eu vejo essa situação como algo que nos coloco como algo diferenciado, um apêndice.
Até porquê a professora generalista tem em sua formação obrigação de ministrar aulas de Educação Fìsica (Vejam o referencial curricular de pedagogia), assim como matemática, português, artes, ciências etc. Se não o faz, das duas uma: ou não se sente a vontade pra ministrar (o que nos levar a discutir então a formação desses profissionais) ou então a escola prefere um professor especialista como forma de marketing, isto é, demonstrar ao seus “clientes” que possui aulas de educação física (como se isso fosse um algo a mais… olha a educação física aí com apêndice….não falei?)
Na maioria das vezes a Educação Física nestes segmentos se torna um sinônimo de psicomotricidade e/ou de uma abordagem desenvolvimentista. Pode ser, por quê não? Mas aí fragmentamos a criança em corpo (educação física) e mente (portugues, matematica etc). Devemos pensar num trabalho unificado com ou sem professor de educação física dando aula nesse segmento, certo? E isso é difícil…. Mas isso é assunto pra um outro momento….
De qualquer forma, deixo como sugestão um plano de curso de educação física para educação infantil (Maternal, Jardim e Alfa). Confesso a vocês que nessa fase, temos que ser mais procedimentais mesmos e agir de forma psicomotora e desenvolvimentista. Não sou contra nenhuma concepção! Quero é dar aula e d forma coerente! Só isso!